A atividade foi uma experiência diferente para a turma do EJA
No dia 03 de abril cerca de quarenta alunos do EJA – Programa de Educação de Jovens e Adultos, da Escola Estadual Profª Virgina Ramalho, participaram de uma atividade de leitura na Biblioteca Municipal Tristão de Athayde. O grupo foi coordenado pelas professoras Sara e Solange e o tema do bate-papo foi o conto, gênero literário adotado por muitos escritores brasileiros e que sempre conquistou muitos leitores.
Resultado da parceria entre a Secretaria Municipal de Cultura e a Associação de Amigos da Biblioteca Pública, a AABiP, o encontro propiciou aos alunos a possibilidade de um primeiro contato com a obra de escritores como Luiz Ruffato, Marcelino Freire e Dalton Trevisan. Como observou a professora Solange, “além do primeiro contato com o trabalho desses escritores, para a maioria também foi a primeira visita a Biblioteca Municipal”.
Momento da leitura dos microcontos
E não poderia ser melhor. Com muita descontração todos participaram da conversa e opinaram sobre os textos lidos. Alguns foram convidados a ler e, para concluir, foi desenvolvida uma atividade de criação em que cada um deles produziu um pequeno texto, a partir da observação de uma foto produzida pelo fotógrafo ourinhense Marcelo Negrão. Os ator e diretor teatral Leandro Faria e a atriz Bruna Domingues também participaram com a leitura de alguns textos.
Confira os textos produzidos pelos alunos inspirados na foto abaixo.
Você para, eu continuo,
Eu continuo, você para... (Tatiane)
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No raiar do luar
A vida ganha mais luz
Coração que agita
Vento que te ilumina. (Rodrigo Lopes)
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Caminhos
Em meio às ondas do vento que corre lá fora,
Sons prazerosos de se ouvir, com seu cansaço,
Pousa em uma imensidão azul, para suas forças recuperar. (Janaína Benevenuti)
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Na luz do dia
O que brilha
É a emoção
Da vida. (Mariane)
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Poderia ser o mar,
Sim, mas não é,
É apenas um infinito a desejar. (Alessandra)
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Poderia ser o mar,
Sim, mas não é,
É apenas um infinito a desejar. (Alessandra)
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E aí, da pra me ajudar
Estou aprendendo a voar. (Cláudio Miguel)
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Que seja assim, livre para
Voar... Como as rolinhas que
Voam e trazem as boas novas.
Infinito como o amor, eu
E você assim, igual aos pombinhos (Valdirene)
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Isso aconteceu
Em um belo dia. (Eunice)
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Agora sim!
Virou meu alvo. (Vera Lúcia)
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É noite, estou aqui.
Ah onde?
Numa sala enorme
Cheia de encontro
Com conto constante.
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O conto é brasileiro,
O sonho é literatura,
O cotidiano é uma leitura,
A vida uma história. (Cecília)
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- Você viu a pombinha?
- Não deu tempo, o gavião comeu. (Sara)
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Acerto de contas
Agora sou eu e você
Falou o gavião a pomba. (Ivonete)
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Não saia daí.
Me espere, estou chegando... (Jéssica)
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Pode ser um romance
Que apenas ficou no ar. (Ruan)
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Fiquei a fitar o infinito azul,
Divagando... Ah! Se eu tivesse asas... (Milca)
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No horizonte azul
Dois seres a voar,
E no meio dos dois,
Um pouco mais acima
Do que pra baixo
Um risco quase fino
Separando o infinito dos
Seres que voam.
Um olhar pra cima
E outro abre as asas
Mas os dois são seres iguais. ( Teresinha)
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Estamos olhando um ponto
Qualquer do universo. (Maria Cristina)
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Socorro, me ajuda,
Estou caindo.
E aí, da pra me ajudar?
Sim, aguarde amigo. (Raimunda)
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Hoje, brisa leve, ecoando sobre o vento.
Amanhã, ser pequeno extremo
Vivendo além do infinito.
Preso a ti sem ter para onde ir. (Fernando)
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Epa, o que é aquilo?
Que?
De longe não sei.
Mas é uma coisa colorida.
E quem é você?
Não sei.
Eu sei, vim da mesma natureza sua. (Nara)
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Ar livre
Direito de viver.
Direito de respirar.
Sem se preocupar
Com o mundo lá fora. (Romário)
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Olhando o imenso azul,
Um raio se corta ao meio,
Logo se via era o vento, que
Fazia suas plumas balançarem. (Juliana)
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Tanto embaixo como em cima...
É a mesma pingada... ou mirada... ou marcada...
Ou acertada... (Raimunda Guerreiro)
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O Infinito
Você não acha bonito o horizonte?
Não se perde de vista no infinito?
Não tem paraíso melhor para
Descansar, trabalhar?
Trabalhar eu, nem pensar!... (Luciana)
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No azul do universo só falta você. (Franciele)
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Se os teus olhos tivessem algo
Em comum, poderia ser o universo dos teus olhos. (Marcilene)
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Ainda chego lá!
Não falta muito.
A procura da felicidade!
Em busca da felicidade!
Não sei se vai valer a pena,
Mas vou tentar.
Não encontrei meu grande amor
Mas continuo tentando achar. (Ranieri)
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Em um lindo entardecer
De um dia de outono. (Rosângela)
Ao final do encontro, uma pausa para registrar a visita à biblioteca
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Tertuliana DOCS
Acervo