Oficinas de escrita e quadrinhos agitam Sala de Leitura

Cicero de Pais coordena Oficinas na Sala de Leitura do Caló

 

 

Não é somente para emprestar livros que os alunos se encontram na Sala de Leitura da Escola Estadual Domingos Camerlingo Caló. No espaço coordenado pela professora Margarida Ornaghi, eles descobriram novas habilidades e de forma criativa estão se aventurando pelo mundo da literatura e das artes.

 

É na Sala de Leitura que o poeta e cartunista Cícero de Pais desenvolve duas atividades que atraem alunos do ensino fundamental e médio. Responsável pelas oficinas de escrita e quadrinhos, Cícero compartilha voluntariamente sua experiência, buscando despertar nos alunos o desejo de criar.

 

Com o apoio da professora Margarida, que transformou o espaço num ambiente acolhedor, Cícero transmite aos alunos técnicas de escrita, que são acompanhadas de muita leitura, aproveitando o bom acervo da Sala. “Nossa proposta é desenvolver o gosto pela leitura. Os alunos escolhem livremente o que desejam ler e são incentivados a produzir textos críticos que são apresentados em saraus e apresentações organizadas pela escola”, explica Cícero.

 

 

Capa do informativo Arte!

 

Alguns desses textos são publicados no informativo cultural Arte!, editado mensalmente e distribuído em escolas e espaços culturais da cidade. O principal objetivo do jornal é dar visibilidade ao trabalho de professores e alunos, além de trazer artigos de outros colaboradores. Na oficina de quadrinhos os alunos tem a possibilidade de conhecer técnicas de desenho, e são estimulados a produzir a partir de suas próprias ideias.

 

Cícero também é responsável por um trabalho de iniciação teatral, a partir de seus próprios textos. Os ensaios acontecem na Sala de Leitura e no mês de maio o resultado desse trabalho será apresentado no Teatro Municipal Miguel Cury. Os alunos Bruno Francisco Vizoto e Junior Nogueira, ambos do ensino médio, integram o elenco da peça. “Já assistimos espetáculos, mas é a primeira vez que temos contato com textos teatrais”, contou Junior.

 

As dificuldades impostas pelo governo do Estado para o funcionamento das salas de leitura têm provocado prejuízo aos trabalhos. “Éramos duas professoras coordenando o espaço, que ficava aberto nos três períodos. Agora sou só eu, e infelizmente a Sala de Leitura fica fechada nos momentos em que não estou na escola”, lamenta Margarida, finalizando: “Temos sorte em contar com o apoio de voluntários como o Cícero de Pais”.