O adolescente e os caminhos da leitura

Aogosto das Letras 2014: Oficina "O rap como leitura de mundo" realizada no Colégio Camões, em Santa Cruz do Rio Pardo

 

O site Observatório da Imprensa publicou recentemente um texto de Beatriz Borges, onde a autora afirma que a tecnologia, ao contrário do que muitos acreditam, tem contribuído para aumentar o gosto dos adolescentes pela leitura.

A autora cita alguns dados, como os 18 eventos voltados para este público que aconteceram na 23º edição da Bienal Internacional do Livro, realizada recentemente em São Paulo. Houve também um aumento dos títulos publicados pelas editoras brasileiras, com histórias mais próximas da realidade dos adolescentes. “A temática das histórias de adolescentes também vem se transformando. Eles procuram nos livros histórias que se apliquem às suas vidas, algo que os faça colocar-se no lugar do outro”, afirma Beatriz.

Em entrevista para uma emissora de televisão, Pedro Herz, dono de uma das mais badaladas redes de livrarias do país, defendeu a ideia de que o mundo atual e o estilo de vida das pessoas não favorecem um ato solitário como a leitura. “As pessoas estão o tempo todo se comunicando, conversando”, diz o livreiro.

Mas essa mesma realidade talvez indique outros caminhos. Tecnologia, internet, livros digitais, são muitas questões que envolvem o tema. Em sua passagem por Ourinhos, durante o Festival Literário A(o)gosto das Letras, o professor e bibliotecário Luiz Augusto Milanesi conversou com profissionais que atuam em espaços de leitura e afirmou ser um grande incentivador da utilização inteligente das novas tecnologias em bibliotecas públicas. Realizado pela Associação de Amigos da Biblioteca Pública, a AABiP, o A(o)gosto das Letras também já trouxe a Ourinhos diversos autores que escrevem para jovens. Passaram por aqui autores como Ilan Brenman, Ivana Arruda Leite, Índigo, César Obeid, Valdeck de Garanhuns e muitos outros.

Ainda segundo a matéria, o Brasil conta hoje com cerca de 1000 blogueiros que se dedicam a escrever sobre livros para adolescentes. Essa realidade levou gigantes do mercado editorial brasileiro a estabelecer parcerias. Segundo Beatriz, “a Companhia das Letras tem parceria com 100 deles, que avaliam e fazem uma resenha dos títulos”.

O que podemos afirmar é que o mundo atual pode alterar a forma como nos relacionamos com os livros, assim como alterou a forma como nos relacionamos com outras pessoas. E as pessoas, assim como os livros, continuam existindo.

Leia a matéria de Beatriz Borges na íntegra em http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed814_cresce_o_gosto_dos_adolescentes_pela_literatura