Trem menino, companheiro,
meu brinquedo preferido,
vê-lo à tarde, passageiro,
me fazia embevecido.
Mas cresci, e eis que, ligeiro,
também ele, já crescido,
buscou outro paradeiro,
nem se tendo despedido.
Quando menos vi a hora,
o trenzinho foi-se embora,
tanto tempo, tantos ais,
que parece a minha vida,
esse trem que só tem ida,
não tem volta, nunca mais!