Cansou-se tanto, que um dia não pôde mais.
Entrou no seu quarto e trancou a porta. Medida desnecessária para garantir que não seria incomodado, pois morava sozinho e ninguém o visitava. Posicionou-se no meio do cômodo, e começou a vomitar jatos de uma substância pegajosa, que escorria sobre seu corpo e se solidificava quase que imediatamente.
Quando se viu firmemente envolto num casulo, fechou os olhos, aliviado, e adormeceu. Encontrara a paz e o isolamento que tanto alvejara. Ali, nada seria capaz de incomodá-lo, ninguém seria capaz de importuná-lo. Nunca mais.
Qual não foi sua frustração quando, dias mais tarde, acordou e descobriu-se uma borboleta.