Ronaldo Bressane é escritor e jornalista e experimenta gêneros e atividades diferentes na escrita. Escreve contos, artigos para jornais, envereda pelo cinema, roteiro para quadrinhos e literatura infantil. O autor participa do Festival Literário Agosto das Letras nesta sexta-feira, 15/08, em conversa com outros dois escritores: Ademir Assunção e Rogério Pereira. O tema é “Fazendo e divulgando literatura”. Bressane também coordena a oficina de criação literária que este ano terá o conto como foco principal. Confira entrevista exclusiva do autor para este site:
Tertuliana - De que maneira um aspirante a escritor pode se beneficiar das oficinas de criação literária, atividade que você desenvolve com regularidade?
Escrevendo muito. Não basta participar das oficinas; tem que escrever com frequência. Muita gente acha que o texto vai surgir por magia; não vai. Só o que funciona é trabalho duro e ouvido aberto para críticas.
Tertuliana - Jornalismo cultural é outro tema que você desenvolve nas oficinas. Quem é o público que frequenta? Existem mercado e publicações que possam atender a essa demanda?
Fiz oficinas, cursos e workshops de jornalismo cultural no B_arco, no ISE Vera Cruz e agora vou fazer no Espaço Cult. Em geral os participantes são jornalistas, blogueiros, escritores, gente vinda da economia criativa, mas aparecem também músicos e advogados. Eu acho que está se construindo um novo mercado, ao largo das publicações tradicionais, como a revista Piauí ou os cadernos culturais dos jornais: sites, blogs, conteúdo para comunidades em redes sociais e também publicações de marcas.
Tertuliana - Você experimenta gêneros e atividades diversas na literatura, como é o caso do infantil “Sandiliche”, do roteiro de “V.I.S.H.N.U”, de livro de poemas e contos. Algum gênero preferido?
O que mais gosto é de pular de galho em galho, daí transitar entre jornalismo, literatura e quadrinhos, e dentro da literatura, poemas, conto e romance. Sair de um meio para o outro é o que me deixa mais criativo.
Tertuliana - A felicidade gera boa literatura?
Claro que não (risos)... a felicidade só gera felicidade mesmo, e olhe lá. A boa literatura mora na interseção da zona de conforto com a zona de confronto, então só pode ser algo que seduz enquanto perturba, incomoda enquanto acaricia.
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