“Se tem uma coisa que eu acho ótima, que também modificou muito, é esta coisa de um jovem que abre um blog no Afeganistão: ele está falando de igual para igual com um jornalista que estudou na Sorbonne. Eu acho que, neste sentido, a internet é muito boa para esse intercâmbio, para essa fala por igual, tirar esse poder de quem achava que tinha exatamente o poder de esculhambar um espetáculo seu.”
“Isto modifica geograficamente o lugar, a criança. Só a criança saber: ‘O que estão fazendo ali?’, ‘Eles estão lendo poesia’; ‘Quem é Castro Alves?’; ‘Ah, eles estão lendo Cecília Meirelles!’; ‘Ah, quem é o Ferréz?’, ‘Ah, Ferréz é aqui do Capão Redondo, é um escritor que já foi traduzido para vários países!’. Isso fica na consciência daquela criança. A literatura é para todo mundo e é divertida; a partir da leitura você conhece as comunidades ao seu redor, você conhece a sua família, você se reconhece.”